Meu
nariz mexeu
Coração
doeu
Senti
na alma
Aquela
dor fadada
O olho
piscou e ela caiu
O
rosto do palhaço borrou
O
lindo sorriso da menina calou
A
rosa orvalhou
O céu
acinzentou
O
vento a levou
A dor
se aconchegou
O
silêncio reinou
O
violão ecoou
O
nariz congelou
Aos
poucos foi descendo
A
ladeira sinuosa
Encontrou
alguns amigos
Disse:
“oi” e foi embora
E
desde então
O mar
se tornou um poço
Tão
pequeno quanto o esforço
Inundando
todo aquele rosto
Do
palhaço já tão morto
Quanto
à alma
Daquele
ser tão torto
Que
nem mais o esboço
De se
quer um sorriso morto
Tem
na face estampado
Mas
ainda tenha calma
Salvem
as almas e as lágrimas
Os
sorrisos e as falas
Os
cantos e os encantos
Pois
o palhaço morto
Morre
a cada dia
Por
todos os sorrisos
Que nunca
lhe foram dados
E
revive cada vez
Que
esse tão somente alguém
O
olha e diz: é com você que sou feliz.
17/08/2012
“Rita Brito”