Dediquei algumas horas no início dessa manhã a pensar no Nada. Ou seria pensar em Nada?
Às vezes me sinto vazia, sozinha, triste e longe de todos.
E quando isso acontece, normalmente faço as coisas que mais gosto: toco uma música, leio um livro, escrevo algo...
Mas hoje o Nada estava tão presente dentro de mim que acabei por fazer exatamente Nada.
Depois de alguns segundos escutei uma música. Meu Deus! Ela também falava do Nada.
Mais o que de fato é o Nada? Isso martelou na minha cabeça.
Pragmaticamente falando, o Nada é aquilo que não existe, é o não-ser.
Mais como posso pensar em Nada se ele se quer existe?
O certo seria pensar apenas nas coisas que deveras existem.
Pergunto então a você, meu caro leitor. Você consegue de fato no Nada pensar ou em Nada pensar?
Hoje percebi que quem vos escreve, não consegue.
Não consigo pensar em Nada, consigo apenas pensar no Nada. E quando isso acontece o Nada se torna objeto do meu pensamento.
Confuso? Não! Algo extremamente óbvio.
Existem muitos Nadas pelo mundo. Cada pessoa tem o seu Nada e talvez ele seja movido única e absolutamente por suas idiossincrasias.
Mais não quero pensar no seu Nada. Até porque o seu Nada nunca vai ser o meu Nada.
Continuemos, pois, nossos dias, refletindo, vivendo e ansiando um dia talvez chegar ao extremo pensamento de em Nada conseguir pensar.
Escrito por Rita Brito em 26/07/11 ®