quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

COMO UM CHUTE DE UM CAVALO


           Hoje me pergunto: O que será que sou?
        Será que deixei de ser aquela menina que vivia de sonhos pra me tornar uma mulher que acaba de descobrir que não existe conto de fadas muito menos a possibilidade dos sonhos se tornarem realidade?
         Quis fazer tudo para que as coisas dessem certo, mas no final o que ganhei foi uma palavra tão dura e dolorida quanto à ferradura de um cavalo em impacto com a face de um ser humano.
       Ganhei roncos enquanto queria ganhar carinhos. Pisões enquanto queria ouvir eu te amo.
          Lavar o passado e não secar as mágoas dá nisso mesmo.
Já dizia minha mãe: estrutura se adquire ao longo dos anos e não quando já se tem 25. Sempre soube disso e mesmo assim quis tentar.
          Não é burrice subir em uma barca furada. Mas é inteligente saber colocar a boia na hora certa.
       Descobri hoje que solidão não se sente só quando estamos sozinhos. Algumas pessoas conseguem nos deixar muito mais sós quando estão do nosso lado do que á quilômetros de distância.
     Aprendi que as diferenças só separam quando deixamos que ela o faça e que só unem as pessoas que gostam de instabilidade. 
       O amor não deveria ser instável, pois é constante e inevitável. Deveria nascer só nas pessoas certas, pessoas que sabem o real valor desse sentimento. Assim, não teríamos tanta gente sofrendo por um sentimento que eles próprios acreditam ser tão belo.
         Acredito na frase “filosófica” dita pelos Titãs. O amor de fato não existe e se quem o sente não consegue provar é porque de fato não o sente!
       Dizem que nós mulheres sofremos mais com essas coisas do amor. Acredito mesmo que seja verdade. Mas acredito também que esse “jogo”, se assim posso tratar, pode e deve ser mudado. Chorar, gritar e sofrer não resolve. Tente algo diferente! Tende revidar em algumas situações. Além de sentir a alma lavada, pode ter certeza que 90% das pessoas só se dão conta que algo é importante quando sentem que podem perder. E se ainda assim isso não resolver... Faça como eu. Coloque a boia, pule fora e nade até a praia. Pode acreditar que lá vai ter um mundo de novas opções e pessoas pra você tentar novamente e dessa vez tente não se iludir com as tentadoras armadilhas das diferenças. Elas só irão tentar te afundar novamente.



                                                                                                                                 22/01/2013
Rita Brito

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