Hoje me pergunto: O
que será que sou?
Será que deixei de ser aquela menina
que vivia de sonhos pra me tornar uma mulher que acaba de descobrir que não
existe conto de fadas muito menos a possibilidade dos sonhos se tornarem
realidade?
Quis fazer tudo para que as coisas
dessem certo, mas no final o que ganhei foi uma palavra tão dura e dolorida
quanto à ferradura de um cavalo em impacto com a face de um ser humano.
Ganhei roncos enquanto queria ganhar
carinhos. Pisões enquanto queria ouvir eu te amo.
Lavar o passado e não secar as mágoas
dá nisso mesmo.
Já dizia minha mãe:
estrutura se adquire ao longo dos anos e não quando já se tem 25. Sempre soube
disso e mesmo assim quis tentar.
Não é burrice subir em uma barca
furada. Mas é inteligente saber colocar a boia na hora certa.
Descobri hoje que solidão não se
sente só quando estamos sozinhos. Algumas pessoas conseguem nos deixar muito
mais sós quando estão do nosso lado do que á quilômetros de distância.
Aprendi que as diferenças só separam
quando deixamos que ela o faça e que só unem as pessoas que gostam de
instabilidade.
O amor não deveria ser instável,
pois é constante e inevitável. Deveria nascer só nas pessoas certas, pessoas
que sabem o real valor desse sentimento. Assim, não teríamos tanta gente
sofrendo por um sentimento que eles próprios acreditam ser tão belo.
Acredito na frase “filosófica” dita
pelos Titãs. O amor de fato não existe e se quem o sente não consegue provar é
porque de fato não o sente!
Dizem que nós mulheres sofremos mais
com essas coisas do amor. Acredito mesmo que seja verdade. Mas acredito também
que esse “jogo”, se assim posso tratar, pode e deve ser mudado. Chorar, gritar
e sofrer não resolve. Tente algo diferente! Tende revidar em algumas situações.
Além de sentir a alma lavada, pode ter certeza que 90% das pessoas só se dão
conta que algo é importante quando sentem que podem perder. E se ainda assim
isso não resolver... Faça como eu. Coloque a boia, pule fora e nade até a praia.
Pode acreditar que lá vai ter um mundo de novas opções e pessoas pra você
tentar novamente e dessa vez tente não se iludir com as tentadoras armadilhas
das diferenças. Elas só irão tentar te afundar novamente.
22/01/2013
Rita Brito
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