quarta-feira, 25 de julho de 2012

4 ANOS SEM VOCÊ

Um, dois, três e agora quatro. Quatro anos sem você.
Os dias foram se passando como se passa página de revista quando apenas se quer ver as imagens.
Arvores crescendo, o sol se pondo, pessoas chegando e outras indo embora.
Às vezes me pergunto por quê?
Será que a vida é mesmo assim tão ingrata, que fez você não poder me levar ao altar?
Será que eu não merecia ver seu orgulho expressado através do brilho no olhar em minha formatura?
Talvez seja melhor não me questionar.
(...)
Ainda penso em você todas as noites. Peço sua bênção, fecho os olhos e adormeço.
Custo acreditar que foi como foi... Que não pude dizer-te ao menos “até logo” quanto mais “eu te amo”.
Quando volto ao lugar que vivemos durante anos, espero ver na entrada meu livro de José de Alencar edição de 1971 escorando a porta para que eu não tivesse se quer o trabalho de ter que girar a maçaneta. Procuro-o por cada cômodo, cada lugar em particular que me lembra você ao extremo. Por um segundo fico feliz ao achar que estais para chegar do trabalho como todos os dias fizestes. Então, a hora chega! Mas você não vem. Não vem porque já se foi. E se foi há exatos 1.460 dias.
Esses dias estava pensando e cheguei à conclusão de que a vida não passa de um intervalo. Sim, um mero intervalo, como de escola mesmo. Onde uns correm, pulam, comem, cantam e outros sentam-se, quietos, vendo tudo que os outros fazem, porém, sem de nada participar.
Não pedimos para nascer e muito menos para morrer, mas de tudo é só que temos certeza: se estamos aqui é porque um dia iremos embora.
E entre esse começo e fim o que fica é o intervalo de tempo. Lugar onde vivemos. Nada sabemos o que antes se passou e nem o que virá depois. Me entristece ver que tantos ainda insistem em passar esse intervalo apenas olhando, admirando, sem nada fazer, sem nada aproveitar, sem nada viver.
Para alguns é longo, para outros é curto demais, pra você eu queria que tivesse durado a quantidade exata que o meu fosse durar. Mas não podemos escolher.
Saudades? Nunca deixarei de sentir ou pelo menos sentirei até o dia que te reencontrar. Não sei o lugar, nem a hora, mas até lá, minhas orações são para que esteja bem.
Agradeço todos os dias por ter feito parte do seu intervalo. Por todas as coisas que me ensinastes até mesmo quando nada falastes.
Agradeço todos os dias por poder ter te chamado um dia de PAI.


            “RB” 25/07/2012

2 comentários:

  1. Se ainda faz o coração pulsar, significa que continua vivo dentro de você...

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    1. É verdade Michele... mesmo meu Pai não estando mais aqui... sei que ele estará sempre comigo...

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